quarta-feira, 22 de maio de 2013

O VELHO CHICO E A TRANSPOSIÇÃO CHEGA À BOQUEIRÃO?



Desde o século XIX que se fala em transposição do Rio São Francisco, o objetivo era construir grandes canais que levassem a água do Velho Chico para áreas do nordeste que são mais atingidas pelos longos períodos de estiagem. De lá para cá, vários governos prometeram realizar a obra, mas, não a colocaram em prática. Os planos foram retomados em 2004, desde então, canais, túneis e estações de bombeamento estão sendo construídos em vários pontos do nordeste brasileiro. Os projetos foram revistos, milhões de reais já foram e ainda serão gastos para a conclusão das obras (prevista para 2015) e muitas críticas são feitas, tanto pelas questões financeiras quanto pelos impactos ambientais. Mas afinal, como será essa transposição? As águas do Velho Chico chegarão à Paraíba? Nós aqui em Queimadas seremos beneficiados? Essas são questões importantes para entendermos os problemas de nossa região, os nossos recursos naturais e para ter uma opinião sobre estas obras, pois só podemos nos posicionar a favor ou contra algo quando temos conhecimento sobre a causa.

1- Para começar, vamos saber um pouco sobre o Rio São Francisco, observe o mapa e pesquise sobre as informações a seguir:
a) Onde nasce o rio?
b) O que é Bacia Hidrográfica do São Francisco?
c) Por quais Estados o rio passa?
d) Onde é a sua foz?
e) Porque o Rio São Francisco também é chamado de Velho Chico?












2- Para conhecer um pouquinho mais sobre o Velho Chico, leia a letra e escute a música no link a seguir: 



RIACHO DO NAVIO
LUIZ GONZAGA

Riacho do Navio
Corre pro Pajeú
O rio Pajeú vai despejar
No São Francisco
O rio São Francisco
Vai bater no "mei" do mar
O rio São Francisco
Vai bater no "mei" do mar
(Bis)

Ah! se eu fosse um peixe
Ao contrário do rio
Nadava contra as águas
E nesse desafio
Saía lá do mar pro
Riacho do Navio
Eu ia direitinho pro
Riacho do Navio

Pra ver o meu brejinho
Fazer umas caçada
Ver as "pegá" de boi
Andar nas vaquejada
Dormir ao som do chocalho
E acordar com a passarada
Sem rádio e nem notícia
Das terra civilizada
Sem rádio e nem notícia
Das Terra civilizada



3- Agora que você já leu e ouviu a música, veja nesse link os aspectos gerais dos rios:

4- Com base nas informações acima e na letra da música, identifique as seguintes informações:
a) Qual o nome da música e quem é o cantor que a interpreta?
b) Qual o rio principal, o afluente e qual o subafluente citados na música?
c) No momento em que a música fala que “O rio São Francisco vai bater no "mei" do mar”, o que isso significa?
d) A música fala que, se ele fosse um peixe nadaria ao contrário do rio. Que sentido então ele tomaria? Porque ele faria isso, qual o seu objetivo?
e) Identifique que elementos da cultura da nossa região, ou seja, do interior do nordeste, são citados na música?

5- Agora vamos entender como será a transposição do Velho Chico? Assista o vídeo no link a seguir, observe os mapas e responda:

BRASIL: obras de integração do Rio São Francisco beneficiarão 12 milhões de pessoas até 2015.
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Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=NzHFMZUaS1Y

















































a) Como será desviada a água do Rio São Francisco para as regiões beneficiadas pela transposição?
b) Serão construídos dois eixos, o leste e o oeste. Por quais estados passarão esses eixos?
c) Como a água da transposição chegará até a Paraíba e ao Açude de Boqueirão?


6- Agora veja a próxima música, leia a letra e ouça a canção no link a seguir:

DEIXE O RIO DESAGUAR
FLÁVIO JOSÉ

A água sai de cabrobó
Parnamirim, salgueiro
Até jati
Deixe o rio desaguar doutor
Pra acabar
Com o sofrimento daqui

O são francisco
Com sua transposição
No meu nordeste
O progresso vai chegar
Se é que o Brasil
Agora está na mão certa
Na contramão
O meu sertão não vai ficar

Priorize esse projeto, seu doutor
E deixe o rio desaguar

Esse projeto
Centenário vai vingar
E com certeza
Será nossa redenção
Vamos ter muitos
Hectares de terra, tudo irrigados
É água pra mais de um milhão
O jaguaribe tá sequinho, seu doutor
Rio piranhas, apodi e castanhão